Segundo a Dra. Dayse Ketren Souza, a fadiga é um dos sintomas mais comuns e desafiadores da esclerose múltipla (EM), afetando profundamente a qualidade de vida de muitos pacientes. Ao contrário do cansaço habitual, essa exaustão extrema pode interferir nas atividades diárias, tornando até mesmo tarefas simples um grande esforço. Compreender as causas dessa fadiga e as opções de tratamento disponíveis é essencial para ajudar os pacientes a lidar com esse sintoma debilitante.
A seguir, exploraremos as razões por trás da fadiga na esclerose múltipla e as estratégias médicas e de estilo de vida que podem ajudar a aliviar esse desconforto.
Por que a fadiga extrema é tão comum em pacientes com esclerose múltipla?
A fadiga é um dos sintomas mais prevalentes e incapacitantes da esclerose múltipla (EM), afetando até 80% dos pacientes. Esse cansaço extremo não está relacionado apenas à falta de sono, mas resulta de uma combinação de fatores neurológicos e imunológicos. A EM é uma doença autoimune que ataca a mielina, a camada protetora que envolve as fibras nervosas, interrompendo a transmissão de sinais entre o cérebro e o corpo. Como resultado, o sistema nervoso central funciona de forma ineficiente, levando à fadiga excessiva.
Além disso, a fadiga pode ser agravada por outros fatores comuns em pacientes com EM, como distúrbios do sono, dor crônica e estresse psicológico. Dayse Ketren Souza explica que o esforço físico e mental necessário para lidar com os sintomas da doença pode aumentar a exaustão do corpo, tornando a fadiga ainda mais difícil de controlar. Portanto, a fadiga na esclerose múltipla é multifatorial, exigindo uma abordagem abrangente para um controle eficaz.
Quais são as estratégias médicas para combater a fadiga?
O tratamento da fadiga na esclerose múltipla geralmente envolve uma combinação de medicamentos e terapias específicas. Alguns medicamentos podem ajudar a reduzir a sensação de cansaço, como estimulantes do sistema nervoso central, que aumentam a energia e o estado de alerta. Além disso, Dayse Ketren Souza destaca que medicamentos para controlar a dor e a espasticidade também podem aliviar a fadiga, visto que o desconforto físico frequentemente contribui para o cansaço excessivo.

Em alguns casos, a fisioterapia pode ser benéfica para ajudar os pacientes a melhorar a força e a resistência, combatendo a sensação de exaustão. Profissionais de saúde também podem sugerir técnicas de relaxamento e respiração para reduzir o estresse, que é um fator que agrava a fadiga. Com o acompanhamento médico adequado, esse sintoma debilitante pode ser significativamente aliviado.
Como mudanças no estilo de vida podem ajudar a reduzir a fadiga?
Além dos tratamentos médicos, mudanças no estilo de vida desempenham um papel importante no controle da fadiga. Manter uma rotina de exercícios moderados, como caminhada ou natação, pode melhorar a resistência física e reduzir a sensação de cansaço. No entanto, é crucial que os pacientes evitem o esforço excessivo, pois o esforço excessivo pode agravar a fadiga. Por isso, a Dra. Dayse Ketren Souza enfatiza que o equilíbrio entre atividade física e repouso é essencial.
O gerenciamento do estresse também é fundamental para controlar a fadiga. Técnicas como meditação, ioga e mindfulness podem ser altamente eficazes na redução da ansiedade e na melhora do bem-estar geral. Além disso, garantir um sono de qualidade por meio de bons hábitos de higiene do sono pode ajudar a restaurar a energia e minimizar os efeitos da fadiga. Uma alimentação saudável é outro fator importante, com ênfase em nutrientes que contribuem para a saúde do sistema nervoso.
Vivendo melhor com a fadiga na esclerose múltipla
Em resumo, a fadiga na esclerose múltipla é um sintoma complexo, mas pode ser controlada por meio de tratamentos médicos, mudanças no estilo de vida e apoio emocional. Como destaca Dayse Ketren Souza, com o manejo adequado, os pacientes podem melhorar sua qualidade de vida, reduzir o cansaço excessivo e manter a independência. Embora não haja cura para a fadiga, essas estratégias podem melhorar significativamente o bem-estar diário dos pacientes com EM.
Autora: Eura Tymal
Fonte: Escritório de Comunicações Digitais da Saftec